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'''Viagem pelo Oeste do Brasil''' Poucos se aventuram numa viagem pelo oeste do Brasil, percorrendo as estradas dos Estados do Mato Grosso, de Rondônia e Acre. No entanto, esta é uma viagem que reserva surpresas interessantes e ainda pouco conhecidas da maioria dos brasileiros. Se você tiver um pouco mais de tempo – além de conhecer Chapada dos Guimarães, a Xapori de Chico Mendes, e dezenas de outras cidades florescentes impulsionadas pelo agronegócio, especialmente pelo plantio de soja – você poderá visitar Bonito e usufruir de múltiplos atrativos da natureza no seu entorno. | |||
'''Viagem pelo Oeste do Brasil''' | |||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Primeira página, pelo Autor'' | |||
O | Quando o pároco de Marau, frei Carlos Jaroceski me convidou para acompanhá-lo de carro até o Acre, não resisti. Já tinha “sobrevoado” esta região, tão significativa para os defensores da Ecologia e Meio Ambiente, em duas ocasiões, em 96 e 99 quando estive lecionando História da América Latina, em Cursos de Férias em Rio Branco e Porto Velho, mas isso pouco contribuiu para conhecer a realidade da região. Por isso, decidimos partir a família toda: Lena, Raquel, eu e o fr. Carlos, todos na Scénic 2.0 Aut DGV 4272. Elas já tinham a experiência de outras viagens como pelo Brasil central em 2005 e pela Patagônia em 2007, quando rodamos até Ushuaia, percorrendo boa parte da Carretera Austral e cruzando a Cordilheira dos Andes, primeiro na altura do Lago Buenos Aires/Puerto Ibañes, depois Futalefú/Esquel, mais adiante em Bariloche/Osorno e, finalmente, Los Andes/Mendoza. | ||
Despertamos às 4 horas, pois nossa meta era pernoitar em Campo Grande, o que aconteceu sem maiores problemas. Por opção do Frei Carlos seguimos por Chapecó, onde chegamos no clarear do dia e, um pouco além, fizemos a primeira parada para um café. O almoço aconteceu na Sede Alvorada, às margens da auto-estrada que liga Cascavel a Toledo, próximo à casa da irmã do pe. Valdir Begnini. A travessia sobre o lago de Itaipu, em Guaíra, aconteceu pouco antes das 13 horas, horário local. Depois foi uma sucessão de plantios de soja, cana, criação de gado e algum cerrado. | |||
A BR 163, a mesma que passa por Sorriso e Sinópolis, com uma pista razoavelmente em bom estado, convida a viajar acima dos 100 km/h. Estávamos no Planalto Central (?) e, por volta das 20 horas (do MS), quando o sol já tinha desaparecido no horizonte, nos hospedamos no hotel União, do outro lado de Campo Grande. A primeira vez que passei por aqui foi de trem, em 1982, rumo a Corumbá, quando com o Cláudio Prescendo estivemos visitando os “irmãozinhos” Reges e o Edson em Titikachi, 280 km além de La Paz, na fronteira com o Peru. Fiquei sabendo, a pouco, que o pe. Edson Tasqueto Damian aceitou a sua nomeação como bispo de Cachoeira, na longínqua Roraima. | |||
Levantamos cedo novamente e a Lua foi nossa companheira até a chegada do Sol, próximos de Coxim, onde tomamos café. Por volta das 8h entramos no estado de Mato Grosso. O que mais víamos pelo caminho eram plantações de soja, cana, milho, um pouco de café e criação de gado. A terra roxa (vermelha) é sinal de produtividade. A geografia do chamado Planalto Central, uma mistura de ondulações e planícies, numa altitude variante entre os 200 e os 700 metros, só se transformando em longas descidas e/ou subidas nas proximidades de algum rio. | |||
Pouco antes das 10h chegamos a Rondonópolis e, daí por diante, o tráfico de caminhões tornou-se mais intenso, exigindo mais da Scénic nas ultrapassagens. Agora podiase avistar ao longe alguns montes e pequenos cerros. | |||
Quando decidimos parar para o almoço, já próximos de Cuiabá, tínhamos percorrido 675 km. Almoçamos no restaurante Sinuelo, de propriedade de gaúchos de Flores da Cunha, o melhor de toda a nossa viagem. Criativos ventiladores com vaporização amenizam as altas temperaturas e, por vezes, a falta de umidade. Aqui provamos os primeiros sucos de Açaí e Cupuaçu. Ao acertar a conta descobri que o Caixa, da família Secco, passara a infância em Lagoa Vermelha, onde ainda mora uma irmã dele, na Vila Gaúcha. Além dele um outro garção, também natural da Cidade da Amizade, guardam boas lembranças daqueles tempos. O bom ambiente não foi suficiente para me curar do latejamento constante que sentia na nuca, desde a madrugada. Por sugestão de um atendente de farmácia, apelei para um sedalex, pois a pressão arterial estava acima dos 14. (Segue...) | |||
== Índice == | |||
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*DIA 10 – Terça: Marau a CAMPO GRANDE – 1.232 km | |||
* DIA 11 – Quarta: Campo Grande, Rondonópolis, CUIABÁ, Cáceres, Comodoro - 1.335 km | |||
* DIA 12 – Quinta: Comodoro, Vilhena, Pimenta Bueno, Cacoal, P. VELHO, Rio Branco – 1.313 | |||
* DIA 13 – Sexta: RIO BRANCO | |||
* DIA 14 – Sábado: Xapuri, Epitaciolândia/ Cubija | |||
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*DIA 15 – DOMINGO: Brasiléia, Añapari, Assis Brasil – Rio Branco. | |||
* DIA 16 – SEGUNDA: Rio Branco – Pimenta Bueno – 1.060 km | |||
* DIA 17 – TERÇA: Pimenta Bueno, Comodoro, Cáceres – CUIABÁ | |||
* DIA 18 – QUARTA: CUIABÁ, Chapada dos Guimarães, Rondonópolis, São Gabriel. | |||
* DIA 19 – QUINTA: S. Gabriel (MS) a Marau – 1.300 km | |||
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== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == | ||
A versão e-book foi lançada na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de Abril de 2014. | * A versão e-book foi lançada na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de Abril de 2014. | ||
== Referências == | |||
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Viagem pelo Oeste do Brasil | |
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Descrição da obra | |
Autor | Ignacio Dalcim |
Título | Viagem pelo Oeste do Brasil |
Assunto | Viagens |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 24 |
ISBN | 978-85-64997-93-6 |
Viagem pelo Oeste do Brasil Poucos se aventuram numa viagem pelo oeste do Brasil, percorrendo as estradas dos Estados do Mato Grosso, de Rondônia e Acre. No entanto, esta é uma viagem que reserva surpresas interessantes e ainda pouco conhecidas da maioria dos brasileiros. Se você tiver um pouco mais de tempo – além de conhecer Chapada dos Guimarães, a Xapori de Chico Mendes, e dezenas de outras cidades florescentes impulsionadas pelo agronegócio, especialmente pelo plantio de soja – você poderá visitar Bonito e usufruir de múltiplos atrativos da natureza no seu entorno.
Apresentação
Primeira página, pelo Autor
Quando o pároco de Marau, frei Carlos Jaroceski me convidou para acompanhá-lo de carro até o Acre, não resisti. Já tinha “sobrevoado” esta região, tão significativa para os defensores da Ecologia e Meio Ambiente, em duas ocasiões, em 96 e 99 quando estive lecionando História da América Latina, em Cursos de Férias em Rio Branco e Porto Velho, mas isso pouco contribuiu para conhecer a realidade da região. Por isso, decidimos partir a família toda: Lena, Raquel, eu e o fr. Carlos, todos na Scénic 2.0 Aut DGV 4272. Elas já tinham a experiência de outras viagens como pelo Brasil central em 2005 e pela Patagônia em 2007, quando rodamos até Ushuaia, percorrendo boa parte da Carretera Austral e cruzando a Cordilheira dos Andes, primeiro na altura do Lago Buenos Aires/Puerto Ibañes, depois Futalefú/Esquel, mais adiante em Bariloche/Osorno e, finalmente, Los Andes/Mendoza.
Despertamos às 4 horas, pois nossa meta era pernoitar em Campo Grande, o que aconteceu sem maiores problemas. Por opção do Frei Carlos seguimos por Chapecó, onde chegamos no clarear do dia e, um pouco além, fizemos a primeira parada para um café. O almoço aconteceu na Sede Alvorada, às margens da auto-estrada que liga Cascavel a Toledo, próximo à casa da irmã do pe. Valdir Begnini. A travessia sobre o lago de Itaipu, em Guaíra, aconteceu pouco antes das 13 horas, horário local. Depois foi uma sucessão de plantios de soja, cana, criação de gado e algum cerrado.
A BR 163, a mesma que passa por Sorriso e Sinópolis, com uma pista razoavelmente em bom estado, convida a viajar acima dos 100 km/h. Estávamos no Planalto Central (?) e, por volta das 20 horas (do MS), quando o sol já tinha desaparecido no horizonte, nos hospedamos no hotel União, do outro lado de Campo Grande. A primeira vez que passei por aqui foi de trem, em 1982, rumo a Corumbá, quando com o Cláudio Prescendo estivemos visitando os “irmãozinhos” Reges e o Edson em Titikachi, 280 km além de La Paz, na fronteira com o Peru. Fiquei sabendo, a pouco, que o pe. Edson Tasqueto Damian aceitou a sua nomeação como bispo de Cachoeira, na longínqua Roraima.
Levantamos cedo novamente e a Lua foi nossa companheira até a chegada do Sol, próximos de Coxim, onde tomamos café. Por volta das 8h entramos no estado de Mato Grosso. O que mais víamos pelo caminho eram plantações de soja, cana, milho, um pouco de café e criação de gado. A terra roxa (vermelha) é sinal de produtividade. A geografia do chamado Planalto Central, uma mistura de ondulações e planícies, numa altitude variante entre os 200 e os 700 metros, só se transformando em longas descidas e/ou subidas nas proximidades de algum rio.
Pouco antes das 10h chegamos a Rondonópolis e, daí por diante, o tráfico de caminhões tornou-se mais intenso, exigindo mais da Scénic nas ultrapassagens. Agora podiase avistar ao longe alguns montes e pequenos cerros.
Quando decidimos parar para o almoço, já próximos de Cuiabá, tínhamos percorrido 675 km. Almoçamos no restaurante Sinuelo, de propriedade de gaúchos de Flores da Cunha, o melhor de toda a nossa viagem. Criativos ventiladores com vaporização amenizam as altas temperaturas e, por vezes, a falta de umidade. Aqui provamos os primeiros sucos de Açaí e Cupuaçu. Ao acertar a conta descobri que o Caixa, da família Secco, passara a infância em Lagoa Vermelha, onde ainda mora uma irmã dele, na Vila Gaúcha. Além dele um outro garção, também natural da Cidade da Amizade, guardam boas lembranças daqueles tempos. O bom ambiente não foi suficiente para me curar do latejamento constante que sentia na nuca, desde a madrugada. Por sugestão de um atendente de farmácia, apelei para um sedalex, pois a pressão arterial estava acima dos 14. (Segue...)
Índice
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Conteúdos relacionados
- A versão e-book foi lançada na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de Abril de 2014.
Referências
- ↑ DALCIM, Ignácio. (2013) Viagem pelo Oeste do Brasil -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 24 páginas. E-book