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'''Caminhando...''' Conta-se que um jovem cristão se dirigiu a um jovem muçulmano, dizendo: - Ensina-me a rezar na fé de vocês? A partir de então, os dois jovens se encontravam, regularmente, até que um dia, depois de um período de ausência, um deles disse: - Faz tanto tempo que não conversamos que não cavamos nosso poço! A partir daquele momento, a expressão “cavar o poço”, tornou-se presente entre eles. Dias depois, o jovem muçulmano perguntou ao jovem cristão: - No fundo do poço, o que iremos encontrar? | |||
'''Caminhando...''' | |||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Primeiro Capítulo, pelo Autor'' | |||
O livro, o professor e o aluno completam o triângulo amoroso do saber. | |||
Mas, por falar em livro, me vem à lembrança a figura daquele menino que foi estudar na escola primária. O saudoso Grupo Escolar. | |||
Faceiro, o menino levava consigo o livro “Queres Ler”, o livrinho da tabuada, a lousa e a merenda, para saborear na hora do recreio. Tudo guardado no bornal, uma espécie de saco de pano, levado à tira colo. | |||
O piazito, de alpargata, lá se foi para a escola. | |||
O livro “Queres Ler”, fininho, continha vinte e cinco lições. Não tinha figuras. Pura leitura, para aguçar a imaginação do leitor. Começava pelas letras, maiúsculas, minúsculas, de caligrafia. Partia das letras para chegar às palavras e às frases. | |||
Na escola, a leitura era feita, diariamente. Havia leitura silenciosa. Só com os olhos. Leitura oral individual, em grupo. Era preciso dominar a leitura por completo. | |||
Depois do livro “Queres Ler”, veio o livro de leituras selecionadas. Era a “Seleta”. Os textos, tratavam de assuntos relacionados à história, geografia, ciências, ética, moral e religião. Com a “Seleta”, completava-se mais um ciclo. | |||
A | A escrita iniciava na lousa. Também chamada de “pedra”. E, realmente era uma pedra, porém em forma de uma lâmina, muito fina, onde o menino escrevia. | ||
Naquele tempo, não havia a tal de livraria. O material escolar, hoje uma enorme lista de coisas, era comprado no armazém e nas bodegas do interior. | |||
A lousa era enquadrada numa madeira. Uma espécie de quadro medindo, mais ou menos, 50 por 30 centímetros. Nesse espaço, o menino escrevia, apagava, realizava operações matemáticas, desenhava, apagava. A toda hora ele escrevia e apagava aquilo que escrevia. Guardava tudo no seu computador, a cabeça. Para fazer todas essas operações de escrever e apagar, o menino levava um pedaço de pano, dependurado na lousa, por um barbante. | |||
A professora, por sua vez, exigente e séria, tomava a leitura e a tabuada todos os dias. | |||
== Índice == | |||
* I O livro - 13 | |||
* II No lugar - 14 | |||
* III Não tenho mais tempo - 15 | |||
* IV Os panos - 17 | |||
* V Cada idade - 18 | |||
* VI Ganhei um livro - 19 | |||
* VII Porto Alegre - 21 | |||
* VIII Hoje - 22 | |||
* IX Porto Alegre - 23 | |||
* X Um dia destes - 25 | |||
* XI Quem - 26 | |||
* XII A oração - 28 | |||
* XIII No meu tempo - 29 | |||
* XIV O termo - 31 | |||
* XV O presidente - 33 | |||
* XVI A carreta - 35 | |||
* XVII No tempo - 36 | |||
* XVIII Um dia desses - 37 | |||
* XIX Em meados - 39 | |||
* XX Um articulista - 43 | |||
* XXI Um tiro - 45 | |||
* XXII A última - 47 | |||
* XXIII Registra-se - 48 | |||
* XXIV Um dia - 49 | |||
* XXV As ruas - 51 | |||
* XXVI Um dia - 52 | |||
* XXVII Maximiliano Beschores - 54 | |||
* XXVIII Segundo - 55 | |||
* XXIX Gilson Grazziotin - 57 | |||
* XXX Os imigrantes - 59 | |||
* XXXI Que dia - 60 | |||
* XXXII Casamento - 62 | |||
* XXXIII A busca - 63 | |||
* XXXIV O rio Passo Fundo - 64 | |||
* XXXV Boa parte - 65 | |||
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Latest revision as of 11:17, 25 January 2022
Caminhando... | |
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Descrição da obra | |
Autor | Welci Nascimento |
Título | Caminhando... |
Assunto | História |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2019 |
Páginas | 72 |
ISBN | 978-85-8326-399-9 |
Impresso | Formato 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2019 |
Caminhando... Conta-se que um jovem cristão se dirigiu a um jovem muçulmano, dizendo: - Ensina-me a rezar na fé de vocês? A partir de então, os dois jovens se encontravam, regularmente, até que um dia, depois de um período de ausência, um deles disse: - Faz tanto tempo que não conversamos que não cavamos nosso poço! A partir daquele momento, a expressão “cavar o poço”, tornou-se presente entre eles. Dias depois, o jovem muçulmano perguntou ao jovem cristão: - No fundo do poço, o que iremos encontrar?
Apresentação
Primeiro Capítulo, pelo Autor
O livro, o professor e o aluno completam o triângulo amoroso do saber.
Mas, por falar em livro, me vem à lembrança a figura daquele menino que foi estudar na escola primária. O saudoso Grupo Escolar.
Faceiro, o menino levava consigo o livro “Queres Ler”, o livrinho da tabuada, a lousa e a merenda, para saborear na hora do recreio. Tudo guardado no bornal, uma espécie de saco de pano, levado à tira colo.
O piazito, de alpargata, lá se foi para a escola.
O livro “Queres Ler”, fininho, continha vinte e cinco lições. Não tinha figuras. Pura leitura, para aguçar a imaginação do leitor. Começava pelas letras, maiúsculas, minúsculas, de caligrafia. Partia das letras para chegar às palavras e às frases.
Na escola, a leitura era feita, diariamente. Havia leitura silenciosa. Só com os olhos. Leitura oral individual, em grupo. Era preciso dominar a leitura por completo.
Depois do livro “Queres Ler”, veio o livro de leituras selecionadas. Era a “Seleta”. Os textos, tratavam de assuntos relacionados à história, geografia, ciências, ética, moral e religião. Com a “Seleta”, completava-se mais um ciclo.
A escrita iniciava na lousa. Também chamada de “pedra”. E, realmente era uma pedra, porém em forma de uma lâmina, muito fina, onde o menino escrevia.
Naquele tempo, não havia a tal de livraria. O material escolar, hoje uma enorme lista de coisas, era comprado no armazém e nas bodegas do interior.
A lousa era enquadrada numa madeira. Uma espécie de quadro medindo, mais ou menos, 50 por 30 centímetros. Nesse espaço, o menino escrevia, apagava, realizava operações matemáticas, desenhava, apagava. A toda hora ele escrevia e apagava aquilo que escrevia. Guardava tudo no seu computador, a cabeça. Para fazer todas essas operações de escrever e apagar, o menino levava um pedaço de pano, dependurado na lousa, por um barbante.
A professora, por sua vez, exigente e séria, tomava a leitura e a tabuada todos os dias.
Índice
- I O livro - 13
- II No lugar - 14
- III Não tenho mais tempo - 15
- IV Os panos - 17
- V Cada idade - 18
- VI Ganhei um livro - 19
- VII Porto Alegre - 21
- VIII Hoje - 22
- IX Porto Alegre - 23
- X Um dia destes - 25
- XI Quem - 26
- XII A oração - 28
- XIII No meu tempo - 29
- XIV O termo - 31
- XV O presidente - 33
- XVI A carreta - 35
- XVII No tempo - 36
- XVIII Um dia desses - 37
- XIX Em meados - 39
- XX Um articulista - 43
- XXI Um tiro - 45
- XXII A última - 47
- XXIII Registra-se - 48
- XXIV Um dia - 49
- XXV As ruas - 51
- XXVI Um dia - 52
- XXVII Maximiliano Beschores - 54
- XXVIII Segundo - 55
- XXIX Gilson Grazziotin - 57
- XXX Os imigrantes - 59
- XXXI Que dia - 60
- XXXII Casamento - 62
- XXXIII A busca - 63
- XXXIV O rio Passo Fundo - 64
- XXXV Boa parte - 65