Difference between revisions of "Fernando Goelzer"

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
(Inserir referencia)
(Inserir referencia)
Line 65: Line 65:
== Títulos, prêmios e honrarias ==
== Títulos, prêmios e honrarias ==


* 1883 - Sócio do Clube Literário Amor à Instrução<ref>«[[116 Anos de Ativismo Cultural - 1883 2009]]». - WikiName - Paulo Monteiro -  projetopassofundo.wiki.br.</ref>
* 1883 - [[116 Anos de Ativismo Cultural - 1883 2009|Sócio do Clube Literário Amor à Instrução]]
*1980 - Nome de Rua<ref>«[https://leismunicipais.com.br/a1/rs/p/passo-fundo/lei-ordinaria/1980/189/1889/lei-ordinaria-n-1889-1980-denomina-ruas-do-loteamento-nene-graeff?q=1889 Lei Ordinária 1980 1889 de Passo Fundo RS]». leismunicipais.com.br.</ref>
*1980 - Nome de Rua<ref>«[https://leismunicipais.com.br/a1/rs/p/passo-fundo/lei-ordinaria/1980/189/1889/lei-ordinaria-n-1889-1980-denomina-ruas-do-loteamento-nene-graeff?q=1889 Lei Ordinária 1980 1889 de Passo Fundo RS]». leismunicipais.com.br.</ref>



Revision as of 23:15, 9 November 2021

Fernando Goelzer
Foto:
Nome completo Fernando Goelzer
Nascimento 7 de outubro de 1859
Local Alemanha
Morte 1890
Local
Ocupação comerciante, militar

Fernando Goelzer nasceu na Alemanha, em 7 de outubro de 1859, contraiu matrimônio com dona Eufrázia Schell, Desse matrimônio nasceram 11 filhos: Alfredo, Jorge, Zulmira, Euclides, Alvina, Fernandinho, Edmundo, Valdomira, Mário, Octaviano e Amadeu.

Biografia

Provavelmente, um dos primeiros moradores da região do Butiá tenha sido o Sr. Fernando Goelzer, sua esposa e seus descendentes.

Fernando Goelzer nasceu na Alemanha, em 7 de outubro de 1859. Com 17 anos de idade veio para o Brasil, com seus pais. Veio morar na região do Rio Pardo, ao qual Cruz Alta e Passo Fundo pertenciam, na qualidade de distritos e, que mais tarde, seriam emancipados.

No final do século XX, havia um comércio intenso envolvendo a região de Passo Fundo e Rio Pardo, por meio dos carreteiros.

Com 19 anos de idade, Fernando Goelzer veio morar em Passo Fundo. Ajudava no transporte de uma tropa de gado de propriedade do Sr. João Vergueiro, homem de muitas posses, pai do Dr. Nicolau de Araújo Vergueiro, político de envergadura na região norte do Estado e um dos primeiros médicos de Passo Fundo.

No dia 2 de março de 1896, Fernando Goelzer contraiu matrimônio com dona Eufrázia Schell, filha do capitão Jorge Schell, descendente de Adão Shell, primeiro imigrante alemão que chegou em Passo Fundo.

O casal foi morar nas terras de João Schell, terras essas que Fernando permutou por uma propriedade da esposa, localizada na Vila de Passo Fundo, nas proximidades do Boqueirão.

Desse matrimônio nasceram 11 filhos: Alfredo, Jorge, Zulmira, Euclides, Alvina, Fernandinho, Edmundo, Valdomira, Mário, Octaviano e Amadeu.

Antes de efetuar a permuta de terra com João Schell, Fernando Goelzer adquiriu uma área de terra de propriedade de Maria Domingues do Rosário, viúva de Mário Luiz da Rocha, somando, com isso, uma expressiva propriedade que ele denominou de Fazenda do Butiá.

Do matrimônio de Fernando Goelzer com dona Eufrasia, fundiram-se três famílias tradicionais de Passo Fundo: Goelzer, Schell e Issler.

A Família Goelzer tinha um ideal político: Defendia o regime federalista no Brasil, cujo líder no Rio Grande do Sul, era o senador Gaspar Silveira Martins, tribuno de grande expressão nacional.

Maragato que era, Fernando Goelzer foi à luta e obteve a patente de coronel, uma vez que era um homem de muitas posses na região de Passo Fundo e onde detinha forte liderança.

Com seus filhos Octaviano, Jorge e Edmundo passam a fazer parte ativa na Revolução Federalista que eclodiu no Rio Grande do Sul no ano de 1893 e que ensanguentou Passo Fundo.

Os Goelzer lutaram na coluna maragata do general Felipe Portinho que liderava o movimento na região norte do Rio Grande. Perseguidos pelas forças do governo, tiveram que migrar para a Província de São Paulo. Com o fim da revolta civil, em 1895, regressaram para Passo Fundo, na Fazenda do Butiá, para trabalhar.

Mesmo assim, continuavam a fazer oposição aos governos chimangos que se sucediam por eleições fraudulentas, até que outras tantas revoluções acabaram com o sistema eleitoral reinante, sob o comando de Borges de Medeiros. Passo Fundo era o reinado ininterrupto dos positivistas. Talvez, por isso, Fernando Goelzer tenha sido esquecido pelos historiadores da época comprometidos com o sistema politico implantado por Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros.

A família Goelzer era empreendedora. Ela contribuiu, decisivamente, para o desenvolvimento da região norte do Rio Grande do Sul. Fernando Goelzer e seus filhos instalaram a indústria de erva-mate em moldes modernos, bem como o fabrico da crina vegetal, cuja matéria prima era a palma do butiazeiro.

As iniciativas pioneiras dos Goelzer, resultou na participação de Fernando Goelzer na Feira Agropecuária e Industrial de Passo Fundo, em 1930, para expor os produtos, especialmente o fabrico de cordas vegetais.

Por outro lado, alguns anos depois, Mário e Amadeu Goelzer, agropecuaristas, implantaram a lavoura mecanizada do plantio de trigo nos campos do Butiá. Os moradores daquela região, naquele tempo, custavam a acreditar que a lavoura de trigo conseguisse dar bons resultados nos campos de barba-de-bode. A tecnologia usada por Mário Goelzer venceu o empirismo da época e o plantio de trigo começa a ser destaque nacional no uso da mecanização moderna.

Amadeu Goelzer contribuiu de forma definitiva na implantação e consolidação do movimento tradicionalista gaúcho em Passo Fundo, ajudando a erguer o primeiro Centro de Tradições Gaúchas no norte do Rio Grande do Sul, o CTG Lalau Miranda. A Cavalaria do Butiá, comandada por Amadeu Goelzer era destaque nos festejos da Semana Farroupilha. Ele nos relatou, certa feita, que seu pai, no final do século XIX, erguem um engenho de soque de erva-mate, com nove mãos na zona do Butiá. Era uma indústria muito grande, que abastecia apreciável parte do Rio Grande do Sul. Em 1907, mais ou menos, “eu era uma bacarote, um menino” dizia Amadeu, mas “tenho na lembrança, que a empresa do meu pai continuava com a indústria e a erva-mate era levada por várias carretas, cada uma puchada por seis juntas de bois, com destino a Rio Pardo. O produto saia de Butiá, via Soledade, A viagem até Rio Pardo durava cerca de três meses. Isso se o tempo corresse bem. Amadeu nos relatou, bem acomodado na sua cadeira de balanço, lá pelos anos da década de 80, que as esposas dos carreteiros, com seus filhos, acompanhavam a caravana até a primeira sesteada e, a tarde, voltavam para suas casas. De volta, as carretas traziam farinha de trigo argentina, além de outros produtos para abastecer as bodegas da região.

Títulos, prêmios e honrarias

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

Referências

  1. «Lei Ordinária 1980 1889 de Passo Fundo RS». leismunicipais.com.br.