Difference between revisions of "Viagem ao Centro e Nordeste do Brasil"
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* Dia 8 e 9: quinta e sexta-feira: o posto Horizonte, depois, Londrina, | | | ||
*Dia 8 e 9: quinta e sexta-feira: o posto Horizonte, depois, Londrina, | |||
* Dias 9 e 10, sábado e domingo: BR 369/auto-estrada até Rolândia. | * Dias 9 e 10, sábado e domingo: BR 369/auto-estrada até Rolândia. | ||
* Dia 11, segunda-feira: em Paraíso do Tocantins | * Dia 11, segunda-feira: em Paraíso do Tocantins | ||
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* Dia 17, sábado: Canoa Quebrada | * Dia 17, sábado: Canoa Quebrada | ||
* Dia 18, domingo: rumo à Natal. | * Dia 18, domingo: rumo à Natal. | ||
* Dia 19, segunda: Olinda e Caruaru | | | ||
* Dia 20, terça-feira: União dos Palmares, Lagoinhas. | *Dia 19, segunda: Olinda e Caruaru | ||
*Dia 20, terça-feira: União dos Palmares, Lagoinhas. | |||
* Dia 21, quarta-feira: pelo interior da Bahia até Porto Seguro | * Dia 21, quarta-feira: pelo interior da Bahia até Porto Seguro | ||
* Dia 22, quinta-feira: Porto Seguro | * Dia 22, quinta-feira: Porto Seguro | ||
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* Dia 24, sábado: Aparecida do Norte. | * Dia 24, sábado: Aparecida do Norte. | ||
* Dia 25, domingo: de Taubaté a Curitiba. | * Dia 25, domingo: de Taubaté a Curitiba. | ||
* Dia 26, segunda: parque do Palácio de Cristal e retorno para Marau | * Dia 26, segunda: parque do Palácio de Cristal e retorno para Marau | ||
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== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == | ||
* A versão e-book foi lançada na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013. | * A versão e-book foi lançada na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013. | ||
== Referências == | == Referências == | ||
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Viagem ao Centro
e Nordeste do Brasil | |
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Descrição da obra | |
Autor | Ignácio Dalcim |
Título | Viagem ao Centro
e Nordeste do Brasil |
Assunto | Viagens |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 54 |
ISBN | 978-85-64997-92-9 |
Viagem ao Centro e Nordeste do Brasil Para quem gosta de viajar de carro, uma viagem pelo centro e litoral do nordeste do Brasil é uma tentação. As estradas não são aquela maravilha, porém, são bem melhores do que a mídia propaga (em 2010 só enfrentamos pista esburacada na terra dos Sarney). Pelo centro, além de conhecer Brasília e Goiânia, você tomará contato com a imensidão do interior e, pelo Nordeste, conhecerá belas cidades e praias que encantam turistas do mundo inteiro.
Apresentação
Primeira página, pelo Autor
Meus pais venderam a propriedade em que vivíamos próximos a Tapejara e decidiram morar no “matão”. Assim era conhecido o lugar onde ficava nossa casinha de madeira coberta de tabuinhas de cerne de araucária. Os macacos que com certa freqüência rondavam pelas árvores próximas do pátio; os gatos-do-mato e graxains que roubavam as galinhas da mamãe, que nos mandava tocar os cachorros logo que surgia o alarme; os tamanduás, mão-pelada, leão-baio, porcos do mato e, sobretudo o cantarolar de tantos pássaros, como nambus, ururos, coaietas, pombas, saracuras, sem contar os bandos de periquitos e gralhas, e as revoadas dos papagaios peito-roxo “falador” de que papai queria tanto pegar um deles para nos divertir, faziam jus ao nome do lugar: “Matão dos Teles”.
Por falta de recursos, meu pai decidiu fazer a mudança em duas etapas. Na primeira seguiriam os animais a pé para diminuir os custos. Numa segunda etapa, embarcados num velho caminhão, seriam transportados os bens móveis junto com toda a família menos eu, que decidi acompanhar papai em cima de uma carreta de bois.
Nossa viagem foi sensacional: na frente seguia o seu Armando Dameto, montado num cavalo baio, fazendo às vezes de “madrinha”, enquanto tangia as vacas e terneiros. Depois, meu pai conduzindo a carreta de bois sobre a qual viajava em nossa companhia um terneirinho, cuja mãe nos seguia presa por uma corda amarrada no breque. Eu tinha sete anos e me lembro perfeitamente de todo o percurso daquela viagem deliciosa de dois dias. Quarenta quilômetros no primeiro e mais trinta e cinco no segundo. Nossa pousada aconteceu nos galpões de uma fazenda do Campo do Meio, próximo à Muliterno onde, no alvorecer do dia seguinte, tomei “camargo”[2] pela primeira vez. O tempo colaborou. Foram dois dias de temperatura amena, apesar de estarmos em meados do mês de maio.
Provavelmente estes 75 km em carreta de boi, contribuíram para despertar em mim a disposição incontida de viajar pelo mundo para conhecer e apreciar a diversidade de nosso belo planeta. Sempre ao retornar de minhas andanças - pelo litoral brasileiro, pelo Brasil Central e pela Amazônia, pela California, pela Europa em “europass”, pela América Latina em diversas oportunidades, ora na carona oferecida por caminhoneiros, outras vezes como convidado por amigos que dispunham de automóvel, de ônibus, de trem ou de avião, - foi maravilhoso recontar aos amigos as peripécias das viagens, mesmo quando retornava com alguns quilinhos a menos. Guardo tudo na memória, porém, com o objetivo de melhor partilhar com os amantes da aventura da estrada, nos últimos tempos resolvi registrar por escrito cada viagem. A primeira foi a de 2007, quando atravessamos a Patagônia e seguimos até Ushuaia, retornando ora pelo Chile, ora pela Argentina, num percurso de 13 mil km. Depois relatei nossa viagem pelo norte da Argentina e pelo deserto do Atacama. Em 2009 foi a vez de conhecer o oeste brasileiro até a fronteira com a Bolívia e o Peru, no Acre.
Em 2008 deixei de relatar uma viagem por Misiones, Asunción e Chaco argentino. Por isso, desta vez decidi digitar logo as principais impressões desta última viagem, antes que bata a preguiça. Você que tem em mãos estas páginas, saiba de que “muitas coisas se escondem no meio das letras. Lendo, Você pode viajar sem se levantar da cadeira”.
Nossa intenção era fugir do frio, mas quando partimos fazia calor. Levantamos as 5 e as 7 h já estávamos sobre a ponte do Uruguai. Quando Lena e Raquel acordaram, na divisa com o Paraná, eram 8 h. Um pouco mais adiante, no posto Horizonte, tomamos café. Nossa meta era conhecer Londrina, local de nossa primeira pousada.
hões para o meu irmão Ari. Depois de General Carneiro seguimos pela esquerda passando por Bituruna, barragem de Foz da Areia, Pinhão, Guarapuava... Era um caminho desconhecido para o Trio. A região, na sua maior parte coberta por extensos pinhais, é cortada por uma estrada de muitas curvas nas freqüentes subidas e descidas. As araucárias, espalhadas por toda parte, enfeitam a paisagem de um verde escuro característico.
Conforme havíamos planejado o nosso almoço - pães cabritinho, galinha assada, salada, suco e maçãs - aconteceu ao lado da rodovia, em meio aos pinos, já próximos de Pitanga. Esses pique-niques de beira de estrada, muito apreciados por nós desde os tempos em que a Raquel era bebê, sempre fazem parte dos primeiros dias de nossas viagens.
Já próximos de Guarapuava a paisagem mudou para trigais e dali por diante até algumas plantações de milho da safrinha, aveia e cana-de-açúcar foram surgindo. Essa paisagem de um verde intenso, ainda não se vê no Rio Grande bombardeado pelas geadas de nosso inverno. (Segue...)
Índice
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Conteúdos relacionados
- A versão e-book foi lançada na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013.
Referências
- ↑ DALCIM, Ignácio. (2013) Viagem ao Centro e Nordeste do Brasil -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 54 páginas. E-book
- ↑ Leite do teto da vaca para dentro de um caneco com café adocicado e superaquecido. Tradição que teve origem na família Camargo dos campos de Vacaria, RS.
- ↑ O nome foi motivado pelo Forte Schoonemborch, construído pelos holandeses entre 1637-1654.