Difference between revisions of "Música e educação"
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|Autor | |Autor | ||
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| | |o contrabaixo e a bossa | ||
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|Assunto | |Assunto | ||
| | |Música | ||
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|Publicação | |Publicação | ||
| | |2011 | ||
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|Páginas | |Páginas | ||
| | |100 | ||
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|ISBN | |ISBN | ||
| | |978-85-64997-15-8 | ||
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|Impresso | |Impresso | ||
|Formato | |Formato 15 x 21 cm | ||
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|Editora | |Editora | ||
| | |Projeto Passo Fundo | ||
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|Publicação | |Publicação | ||
| | |2011 | ||
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'''Música e educação: o contrabaixo e a bossa''' | '''Música e educação: o contrabaixo e a bossa''' O presente trabalho propõe explanar a relevância da prática instrumental com cunhos reflexivos, históricos e estilísticos, apontando centralizadamente para a utilização do contrabaixo na Bossa Nova, contextualizando ideias que possam contribuir no exercício da prática instrumental. | ||
Com a intenção de localizar o leitor, apresentaremos um breve históri- co da música na educação, algumas diferenças entre a prática mecânica e a refletida, que serão entrelaçadas também com um histórico do contrabaixo e da Bossa Nova, atentando para a contribuição destes aspectos tanto no es- tudo do instrumento como da performance. Esta pesquisa não visa especificamente à formação técnica de instrumentistas, mas quer constituir-se como mais uma ferramenta a auxiliar nesse assunto. Para isso, propõe-se um embasamento histórico e teórico, fundamentais para a performance musical e o estudo do contrabaixo. | |||
Serão tratadas questões referentes à presença da música em vários contextos, entre eles: histórico, cultural, social e educativo. Posteriormente, tentar-se-á traçar um histórico do contrabaixo destacando sua evolução e utilização na música, em especial na Música Popular Brasileira, com foco na Bossa Nova, estilo que também será estudado quanto às questões históricas e idealizadores. As contribuições da prática refletida e da prática mecânica serão analisadas no contexto da criatividade e da musicalidade, o que remete a reflexão e que devem estar presentes no estudo e na prática instrumental. | |||
Por fim, serão analisadas duas obras em especial: “Chega de Saudade”, por dar origem ao estilo e “Garota de Ipanema”, por afirmar o estilo mundialmente. Será feito um paralelo dessas duas composições, tentando trazer a tona algumas de suas principais diferenças e semelhanças, contemplando alguns aspectos de análise musical, entre eles: aspectos históricos referentes às obras e ao compositor, forma, estruturação (harmônica, melódica e rítmica), instrumentação, entre outros pontos. Será tratado de forma mais aprofundada a ótica do contrabaixo, quanto a sua função e contribuição nesse contexto musical, oferecendo ao estudante a oportunidade de conhecer internamente a Bossa Nova e as principais funções do contrabaixo nesse estilo, de forma que se possa ouvir e analisar os exemplos e também tocá-los. | |||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Prefácio, por Dr. [[Felipe Kirst Adami]]'' | |||
A música é uma manifestação multifacetada, e não é à toa que José Miguel Wisnick escolheu para o seu livro “O Som e o Sentido” (1989) o subtítulo “Uma Outra História das Músicas”, em oposição aos livros que reduzem a história da música àquela produzida no Ocidente nos últimos 1500 anos. O que unifica as músicas é a sua origem no som e no silêncio e o fato de que todos os povos possuem algum tipo de expressão musical. O que as diferencia é a natureza distinta das diferentes regiões do mundo e a natureza distinta de cada ser humano. | |||
A multiplicidade da música, no entanto, fez com que frequentemente fossem criadas dicotomias e rivalidades. No passado distante da Idade Mé- dia (mas não muito distante, se pensarmos que a música existe certamente há mais de 35 mil anos), a Igreja Católica criou a divisão entre a música eclesi- ástica e a música profana, e ai de quem ousasse sujar a música da igreja com elementos profanos. No entanto, estes elementos foram entrando pelas bei- radas, e o surgimento do moteto no final da Idade Média evidencia a ideia de que as músicas se misturam. | |||
No século XX, a principal dicotomia criada foi entre a música erudita e a música popular. Entre frequentes embates de defensores de uma e outra, elas não puderam ter outro destino que não mesclar seus elementos, e a música de concerto passa a utilizar elementos da música popular, e a música popular a assimilar elementos da música erudita. E cria-se o Jazz e a Bossa Nova, com dissonâncias da música moderna de concerto. Por sua vez, os compositores da música de concerto se utilizam dos ritmos e harmonias des- sas novas músicas populares. E a academia, que inicialmente excluía as ma- nifestações musicais populares, ou as via com desconfiança, finalmente co- meçou a abrir suas portas, tendo como pontapé inicial a fundação da ''Berklee'' ''School of Music'', nos Estados Unidos, próxima à metade do século XX. No Brasil é ainda recente a ideia de estudar música popular na academia, mas a demanda e o interesse por parte dos estudantes, pesquisadores e docentes das Instituições de Ensino Superior são crescentes, refletindo-se na criação de alguns cursos superiores de música popular. | |||
O livro de Gadiego Carraro está em um espaço entre a dicotomia do erudito e do popular, contribuindo significativamente para a área, sem criar barreiras, o que, sem dúvida, é parte de sua própria vivência musical - faz parte da “sua” música. Também pela vivência do autor, o foco é o contrabaixo e a bossa nova. E o livro chega à Bossa Nova passando pela música erudita. E chega ao baixo elétrico remontando às origens do contrabaixo acústico. Ao mesmo tempo, é um trabalho voltado à educação e propõe uma prática reflexiva no estudo do instrumento, pois entender o contexto de cada música é um pré-requisito de uma boa interpretação. Como a música vive dos sons e dos silêncios, não poderia deixar de haver uma parte sonora, em CD com o autor em sua interface de intérprete, que exemplifica o que se lê no livro e leva à compreensão daquilo que não pode ser dito em palavras. | |||
Porto Alegre, novembro de 2011 | |||
== Índice == | == Índice == | ||
* AGRADECIMENTOS 9 | |||
* PREFÁCIO 13 | |||
* APRESENTAÇÃO 15 | |||
* 1 UM CONTEXTO HISTÓRICO E PRÁTICO 17 | |||
* 11 Breve histórico do papel da música na educação 19 | |||
* 12 O Contrabaixo na História 27 | |||
* 13 O contrabaixo no Brasil 39 | |||
* 14 O contrabaixo: características marcantes e principais atribuições 49 | |||
* 15 Bossa Nova: aspectos históricos e culturais 54 | |||
* 2 EDUCAÇÃO E INTERAÇÃO 70 | |||
* 21 Um enfoque a partir da prática mecânica x prática refletida 71 | |||
* 22 Prática Musical: da criatividade à musicalidade, o que remete a reflexão 74 | |||
* 3 O CONTRABAIXO E A BOSSA: CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA REFLETIDA 78 | |||
* 31 Chega de Saudade e Garota de Ipanema: uma análise contrabaixística 79 | |||
* CONSIDERAÇÕES FINAIS 90 | |||
* GLOSSÁRIO 91 | |||
* REFERÊNCIAS 94 | |||
== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == | ||
[[File:Convite Música e educação2.jpg|left|thumb|150x150px]] | |||
[[File:Convite Música e educação.jpg|thumb|150x150px]] | |||
* Lançado na 32ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 1º a 11 de novembro de 2018. | |||
== Referências == | == Referências == |
Revision as of 08:08, 15 February 2022
Música e educação | |
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Descrição da obra | |
Autor | Gadiego Carraro |
Título | Música e educação |
Subtítulo | o contrabaixo e a bossa |
Assunto | Música |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2011 |
Páginas | 100 |
ISBN | 978-85-64997-15-8 |
Impresso | Formato 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2011 |
Música e educação: o contrabaixo e a bossa O presente trabalho propõe explanar a relevância da prática instrumental com cunhos reflexivos, históricos e estilísticos, apontando centralizadamente para a utilização do contrabaixo na Bossa Nova, contextualizando ideias que possam contribuir no exercício da prática instrumental.
Com a intenção de localizar o leitor, apresentaremos um breve históri- co da música na educação, algumas diferenças entre a prática mecânica e a refletida, que serão entrelaçadas também com um histórico do contrabaixo e da Bossa Nova, atentando para a contribuição destes aspectos tanto no es- tudo do instrumento como da performance. Esta pesquisa não visa especificamente à formação técnica de instrumentistas, mas quer constituir-se como mais uma ferramenta a auxiliar nesse assunto. Para isso, propõe-se um embasamento histórico e teórico, fundamentais para a performance musical e o estudo do contrabaixo.
Serão tratadas questões referentes à presença da música em vários contextos, entre eles: histórico, cultural, social e educativo. Posteriormente, tentar-se-á traçar um histórico do contrabaixo destacando sua evolução e utilização na música, em especial na Música Popular Brasileira, com foco na Bossa Nova, estilo que também será estudado quanto às questões históricas e idealizadores. As contribuições da prática refletida e da prática mecânica serão analisadas no contexto da criatividade e da musicalidade, o que remete a reflexão e que devem estar presentes no estudo e na prática instrumental.
Por fim, serão analisadas duas obras em especial: “Chega de Saudade”, por dar origem ao estilo e “Garota de Ipanema”, por afirmar o estilo mundialmente. Será feito um paralelo dessas duas composições, tentando trazer a tona algumas de suas principais diferenças e semelhanças, contemplando alguns aspectos de análise musical, entre eles: aspectos históricos referentes às obras e ao compositor, forma, estruturação (harmônica, melódica e rítmica), instrumentação, entre outros pontos. Será tratado de forma mais aprofundada a ótica do contrabaixo, quanto a sua função e contribuição nesse contexto musical, oferecendo ao estudante a oportunidade de conhecer internamente a Bossa Nova e as principais funções do contrabaixo nesse estilo, de forma que se possa ouvir e analisar os exemplos e também tocá-los.
Apresentação
Prefácio, por Dr. Felipe Kirst Adami
A música é uma manifestação multifacetada, e não é à toa que José Miguel Wisnick escolheu para o seu livro “O Som e o Sentido” (1989) o subtítulo “Uma Outra História das Músicas”, em oposição aos livros que reduzem a história da música àquela produzida no Ocidente nos últimos 1500 anos. O que unifica as músicas é a sua origem no som e no silêncio e o fato de que todos os povos possuem algum tipo de expressão musical. O que as diferencia é a natureza distinta das diferentes regiões do mundo e a natureza distinta de cada ser humano.
A multiplicidade da música, no entanto, fez com que frequentemente fossem criadas dicotomias e rivalidades. No passado distante da Idade Mé- dia (mas não muito distante, se pensarmos que a música existe certamente há mais de 35 mil anos), a Igreja Católica criou a divisão entre a música eclesi- ástica e a música profana, e ai de quem ousasse sujar a música da igreja com elementos profanos. No entanto, estes elementos foram entrando pelas bei- radas, e o surgimento do moteto no final da Idade Média evidencia a ideia de que as músicas se misturam.
No século XX, a principal dicotomia criada foi entre a música erudita e a música popular. Entre frequentes embates de defensores de uma e outra, elas não puderam ter outro destino que não mesclar seus elementos, e a música de concerto passa a utilizar elementos da música popular, e a música popular a assimilar elementos da música erudita. E cria-se o Jazz e a Bossa Nova, com dissonâncias da música moderna de concerto. Por sua vez, os compositores da música de concerto se utilizam dos ritmos e harmonias des- sas novas músicas populares. E a academia, que inicialmente excluía as ma- nifestações musicais populares, ou as via com desconfiança, finalmente co- meçou a abrir suas portas, tendo como pontapé inicial a fundação da Berklee School of Music, nos Estados Unidos, próxima à metade do século XX. No Brasil é ainda recente a ideia de estudar música popular na academia, mas a demanda e o interesse por parte dos estudantes, pesquisadores e docentes das Instituições de Ensino Superior são crescentes, refletindo-se na criação de alguns cursos superiores de música popular.
O livro de Gadiego Carraro está em um espaço entre a dicotomia do erudito e do popular, contribuindo significativamente para a área, sem criar barreiras, o que, sem dúvida, é parte de sua própria vivência musical - faz parte da “sua” música. Também pela vivência do autor, o foco é o contrabaixo e a bossa nova. E o livro chega à Bossa Nova passando pela música erudita. E chega ao baixo elétrico remontando às origens do contrabaixo acústico. Ao mesmo tempo, é um trabalho voltado à educação e propõe uma prática reflexiva no estudo do instrumento, pois entender o contexto de cada música é um pré-requisito de uma boa interpretação. Como a música vive dos sons e dos silêncios, não poderia deixar de haver uma parte sonora, em CD com o autor em sua interface de intérprete, que exemplifica o que se lê no livro e leva à compreensão daquilo que não pode ser dito em palavras.
Porto Alegre, novembro de 2011
Índice
- AGRADECIMENTOS 9
- PREFÁCIO 13
- APRESENTAÇÃO 15
- 1 UM CONTEXTO HISTÓRICO E PRÁTICO 17
- 11 Breve histórico do papel da música na educação 19
- 12 O Contrabaixo na História 27
- 13 O contrabaixo no Brasil 39
- 14 O contrabaixo: características marcantes e principais atribuições 49
- 15 Bossa Nova: aspectos históricos e culturais 54
- 2 EDUCAÇÃO E INTERAÇÃO 70
- 21 Um enfoque a partir da prática mecânica x prática refletida 71
- 22 Prática Musical: da criatividade à musicalidade, o que remete a reflexão 74
- 3 O CONTRABAIXO E A BOSSA: CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA REFLETIDA 78
- 31 Chega de Saudade e Garota de Ipanema: uma análise contrabaixística 79
- CONSIDERAÇÕES FINAIS 90
- GLOSSÁRIO 91
- REFERÊNCIAS 94
Conteúdos relacionados
- Lançado na 32ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 1º a 11 de novembro de 2018.
Referências