Difference between revisions of "A travessia do rio"
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|Autor | |||
|[[Nídia Bolner Weingartner]] | |||
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|Título | |||
|A travessia do rio | |||
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|Subtítulo | |||
|poesias | |||
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|Assunto | |||
|Poesia | |||
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|Formato | |||
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|Editora | |||
|Projeto Passo Fundo | |||
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|Data da publicação | |||
|2017 | |||
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|Número de páginas | |||
|154 | |||
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|ISBN | |||
|978-85-8326-272-5 | |||
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|Formato | |||
|Papel 15 x 21 cm | |||
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|Editora | |||
|Berthier | |||
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|Local | |||
|Passo Fundo / RS | |||
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|Data da publicação | |||
|1980 | |||
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|Número de páginas | |||
|126 | |||
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'''A travessia do rio: poesias''' Já se disse que a poesia madruga cedo no registro dos sentimentos e fatos. Muito antes que a história, tradicionalmente sonolenta e sem pressa. Por isto, a poesia chega primeiro à sensibilidade e à emoção. E chega para ficar, porque, as mais das vezes, pelo prazer que nos proporciona, pelas imagens (ou mensagens), que consegue transmitir-nos, obriga-nos a decorá-la e assim guardá-la perenemente no mais recôndito do nosso intelecto, o que dificilmente se dá com a história. | |||
Escrito por Nídia Bolner Weingartner, publicado em 1980 | |||
== Apresentação == | |||
''do Prefácio, por [[João Roman Vieda]]'' | |||
Já se disse que a poesia madruga cedo no registro dos sentimentos e fatos. Muito antes que a história, tradicionalmente sonolenta e sem pressa. Por isto, a poesia chega primeiro à sensibilidade e à emoção. E chega para ficar, porque, as mais das vezes, pelo prazer que nos proporciona, pelas imagens (ou mensagens), que consegue transmitir-nos, obriga-nos a decorá-la e assim guardá-la perenemente no mais recôndito do nosso intelecto, o que dificilmente se dá com a história | |||
Foi através da poesia e não da história que ficamos conhecendo, na Ilíada de Homero, os dramas e as tragédias dos mitológicos personagens de Tróia. Seus amores, suas mazelas. Como por exemplo, a figura meiga e bela, embora pecaminosa da volúvel Helena; o inflamado e louco amor de Paris, suficiente para provocar o incêndio e a morte de uma cidade e de um povo; a perseverança irredutível, mesmo manchada de opróbrio, do férreo Menelau; o heroísmo e o sacrifício de Heitor e a bravura e a decantada invencibilidade de Aquiles. | |||
Foi ainda a poesia que trouxe até nós a epopeia das "Armas e os barões assinalados". | |||
Nidia Bolner Weingartner, professora de Português no mais do tempo e talentosa e inspirada poetisa no resto do tempo, que vive arrancando coisas da própria alma e da alma da gente com seus versos, nos vem agora com a sua TRAVESSIA DO RIO. | |||
É a história em poesia de sua vida, com as impressões mais sentidas que lhe ficaram a partir da infância. O rio da sua vida; a vida do seu dia-a-d ia; dos seus familiares. | |||
Tudo contado em versos às vezes emocionantes e comoventes, outras vezes ingênuos, jocosos, brincalhões, mas sempre repassados de lirismo, que é o tempero principal de Nidia. | |||
Nesses versos mostra a poetisa os seus sentimentos, sua visão ante um panorama humano que poderia ser comum não fosse pintado com as tintas da poesia. | |||
Pelo estro poético de Nidia, esse dia-a-dia se transforma e, como por milagre, adquire nuanças inesperadas de emotividade. É o apelo do belo nos tocando fundo no sentimento e nos dando a exata compreensão e a beleza das invocações da poetisa. | |||
Nidia Bolner Weingartner, no seu dia-a-dia caçoa, revela desejos, sonha, brinca, e de repente fica séria, passando a mostrar-nos realidades imprevistas. | |||
A TRAVESSIA DO RIO não é a manifestação poética de alguém que odeia e repudia a vida, invocando tristezas e desilusões e desejando a morte para fugir de um mundo em que não consegue adaptação, por desfastio ou ociosidade, o que significa dizer por falta de uma verdadeira valorização da vida. Esse tipo de manifestação negativista e perniciosa que não é rara nos dias atuais. | |||
Não é o caso de Nidia. Longe disto. Seu livro é a exteriorização calorosa, contagiante de quem ama a vida; de quem vive a vida. A vida como ela é, com seus encantos e suas emoções, bons ou ruins; é a inspiração poética de quem contribui para a vida com sua vida e com outras vidas. E de quem amando, quer ser amada. | |||
Por tudo isso é que Nidia agrada, encanta, faz rir e, principalmente faz pensar, seriamente, no amor. Nesse amor que é a essência da vida, e de que estão cheias as páginas do seu livro. | |||
Do muito que me agradou de A TRAVESSIA DO RIO, destaco o simples, porém belíssimo para o meu gosto, "A Vizinha": <blockquote>A minha vizinha | |||
Anda sempre limpinha | |||
Com a cuia na mão ... | |||
A casa encerada, | |||
A roupa lavada, | |||
Feijão no fogão! | |||
A minha vizinha | |||
é tão boazinha! | |||
Anda sempre limpinha! | |||
Mas mora sozinha, | |||
Que pena vizinha! </blockquote>E mais não vou dizer, nem que me seja perguntado, porque acho desnecessário. | |||
Apenas que A TRAVESSIA DO RIO, de Nidia Bolner Weingartner é isso aí, como se diz na gíria. | |||
O livro nos convida a que vejamos, todos nós, como a autora vai realizando a travessia da sua vida, no seu barquinho, mergulhando nas profundezas de si mesma. Quem sabe, até possamos ajudá-la nisso e tirar, senão experiência, pelo menos motivação valiosa para a travessia do nosso rio pessoal. | |||
Passo Fundo, março, 1980 | |||
== Conteúdos relacionados == | |||
Capa da primeira edição de 1980 | |||
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[[Category:Livros]] | |||
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Titulo | |
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Capa | |
Descrição da obra | |
File:A travessia do rio1ª EdEbk.pdf | |
File:A travessia do rioEBk.pdf | |
Autor | Nídia Bolner Weingartner |
Título | A travessia do rio |
Subtítulo | poesias |
Assunto | Poesia |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Data da publicação | 2017 |
Número de páginas | 154 |
ISBN | 978-85-8326-272-5 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Berthier |
Local | Passo Fundo / RS |
Data da publicação | 1980 |
Número de páginas | 126 |
]] A travessia do rio: poesias Já se disse que a poesia madruga cedo no registro dos sentimentos e fatos. Muito antes que a história, tradicionalmente sonolenta e sem pressa. Por isto, a poesia chega primeiro à sensibilidade e à emoção. E chega para ficar, porque, as mais das vezes, pelo prazer que nos proporciona, pelas imagens (ou mensagens), que consegue transmitir-nos, obriga-nos a decorá-la e assim guardá-la perenemente no mais recôndito do nosso intelecto, o que dificilmente se dá com a história.
Escrito por Nídia Bolner Weingartner, publicado em 1980
Apresentação
do Prefácio, por João Roman Vieda
Já se disse que a poesia madruga cedo no registro dos sentimentos e fatos. Muito antes que a história, tradicionalmente sonolenta e sem pressa. Por isto, a poesia chega primeiro à sensibilidade e à emoção. E chega para ficar, porque, as mais das vezes, pelo prazer que nos proporciona, pelas imagens (ou mensagens), que consegue transmitir-nos, obriga-nos a decorá-la e assim guardá-la perenemente no mais recôndito do nosso intelecto, o que dificilmente se dá com a história
Foi através da poesia e não da história que ficamos conhecendo, na Ilíada de Homero, os dramas e as tragédias dos mitológicos personagens de Tróia. Seus amores, suas mazelas. Como por exemplo, a figura meiga e bela, embora pecaminosa da volúvel Helena; o inflamado e louco amor de Paris, suficiente para provocar o incêndio e a morte de uma cidade e de um povo; a perseverança irredutível, mesmo manchada de opróbrio, do férreo Menelau; o heroísmo e o sacrifício de Heitor e a bravura e a decantada invencibilidade de Aquiles.
Foi ainda a poesia que trouxe até nós a epopeia das "Armas e os barões assinalados".
Nidia Bolner Weingartner, professora de Português no mais do tempo e talentosa e inspirada poetisa no resto do tempo, que vive arrancando coisas da própria alma e da alma da gente com seus versos, nos vem agora com a sua TRAVESSIA DO RIO.
É a história em poesia de sua vida, com as impressões mais sentidas que lhe ficaram a partir da infância. O rio da sua vida; a vida do seu dia-a-d ia; dos seus familiares.
Tudo contado em versos às vezes emocionantes e comoventes, outras vezes ingênuos, jocosos, brincalhões, mas sempre repassados de lirismo, que é o tempero principal de Nidia.
Nesses versos mostra a poetisa os seus sentimentos, sua visão ante um panorama humano que poderia ser comum não fosse pintado com as tintas da poesia.
Pelo estro poético de Nidia, esse dia-a-dia se transforma e, como por milagre, adquire nuanças inesperadas de emotividade. É o apelo do belo nos tocando fundo no sentimento e nos dando a exata compreensão e a beleza das invocações da poetisa.
Nidia Bolner Weingartner, no seu dia-a-dia caçoa, revela desejos, sonha, brinca, e de repente fica séria, passando a mostrar-nos realidades imprevistas.
A TRAVESSIA DO RIO não é a manifestação poética de alguém que odeia e repudia a vida, invocando tristezas e desilusões e desejando a morte para fugir de um mundo em que não consegue adaptação, por desfastio ou ociosidade, o que significa dizer por falta de uma verdadeira valorização da vida. Esse tipo de manifestação negativista e perniciosa que não é rara nos dias atuais.
Não é o caso de Nidia. Longe disto. Seu livro é a exteriorização calorosa, contagiante de quem ama a vida; de quem vive a vida. A vida como ela é, com seus encantos e suas emoções, bons ou ruins; é a inspiração poética de quem contribui para a vida com sua vida e com outras vidas. E de quem amando, quer ser amada.
Por tudo isso é que Nidia agrada, encanta, faz rir e, principalmente faz pensar, seriamente, no amor. Nesse amor que é a essência da vida, e de que estão cheias as páginas do seu livro.
Do muito que me agradou de A TRAVESSIA DO RIO, destaco o simples, porém belíssimo para o meu gosto, "A Vizinha":
A minha vizinha
Anda sempre limpinha
Com a cuia na mão ...
A casa encerada,
A roupa lavada,
Feijão no fogão!
A minha vizinha
é tão boazinha!
Anda sempre limpinha!
Mas mora sozinha,
Que pena vizinha!
E mais não vou dizer, nem que me seja perguntado, porque acho desnecessário.
Apenas que A TRAVESSIA DO RIO, de Nidia Bolner Weingartner é isso aí, como se diz na gíria.
O livro nos convida a que vejamos, todos nós, como a autora vai realizando a travessia da sua vida, no seu barquinho, mergulhando nas profundezas de si mesma. Quem sabe, até possamos ajudá-la nisso e tirar, senão experiência, pelo menos motivação valiosa para a travessia do nosso rio pessoal.
Passo Fundo, março, 1980
Conteúdos relacionados
Capa da primeira edição de 1980