Difference between revisions of "Páginas da Belle Époque Passo-fundense"
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|Impresso | |Impresso | ||
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|Publicação | |Publicação | ||
| | |2008 | ||
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''' | '''Páginas da Belle Époque Passo-fundense''' Procuramos montar nestas páginas um painel da sociedade passo-fundense nos primeiros decênios do Século XX. Adotamos como modelo o livro A Bela Época do Cinema Brasileiro, de Vicente de Paula Araújo. O projeto foi viabilizado pelo empresário Paulo Afonso Trevisan, que disponibilizou o seu arquivo e garantiu a publicação da obra. Ressaltamos, também, a colaboração do magistrado Luís Christiano Enger Aires, que permitiu pesquisas no arquivo da 1ª Vara Cível da Comarca, bem com o auxílio dos profissionais ligados ao Arquivo e ao Museu Histórico Regional da UPF. Felizmente, a maioria das pessoas contatadas foi receptiva e auxiliou na medida do possível. Algumas já faleceram. A todos a nossa gratidão. A preferência pelo material inédito ou pouco conhecido se estendeu às fotografias. As fontes acompanham os textos. Os capítulos obviamente não esgotam os temas. Nas questões polêmicas buscamos, sempre que possível, apresentar o contraponto. Finalmente, quanto às transcrições, atualizamos em parte a ortografia e mantivemos a pontuação. | ||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Apresentação, por [[Paulo Roberto Sandri Pires]]'' | |||
APRESENTAÇÃO | |||
PÁGINAS DA BELLE ÉPOQUE PASSO-FUNDENSE é um lançamento literário que vem para enriquecer sobremaneira o acervo de publicações dedicadas à garimpagem dos acontecimentos que fizeram a história de Passo Fundo. Os irmãos Heleno e Marco Damian já revelaram gosto e competência pela pesquisa histórica em edições anteriores. Agora, tiveram o aguçado vislumbre de garimpar eventos que marcaram os tempos que denominam de Belle Époque e que cobrem especialmente os anos 20 e 30. Partindo da idéia de que a expressão remete à França do início do século XX quando experimentou novos ares no desenvolvimento cultural artístico e social os autores quiseram estabelecer um paralelo com o que acontecia por aqui nas décadas já posteriores à Primeira Guerra Mundial. A nossa Belle Époque deu-se quando o Rio de Janeiro entrou em efervescência cultural edificou sua Cinelândia, abriu a Avenida Rio Branco e construiu seus primeiros grandes edifícios; Porto Alegre, ao mesmo tempo, com Otávio Rocha e Alberto Bins, adotava ares de metrópole com a implantação da Avenida Borges de Medeiros, do Parque Farroupilha e com a Hidráulica Menino Deus. Pois os mesmos ares chegaram por aqui, mudando a feição da cidade e acarretando nova imagem para a cena cultural artística e mundana da cidade. Passo Fundo experimentava, então, a sua Belle Époque, ampliando ruas, instituindo código de posturas, tratando da saúde pública, implantando hospitais, lançando jornais, projetando políticos e iniciando-se nos esportes. A vida social agitava-se nos clubes, os carnavais viraram acontecimentos, o cinema entrou na moda, a vida cultural obteve destaque no teatro, na literatura e na música e a cidade conheceu suas primeiras misses. Pois é desse momento que o presente livro trata com absoluta fidelidade histórica buscada em ampla bibliografia e farta documentação jornalística documental e fotográfica. | |||
Ao organizarem esta verdadeira crônica do cotidiano recente de Passo Fundo, os autores estão proporcionando uma rara oportunidade das novas gerações tomarem contato com acontecimentos que foram relevantes na formação da cidade e, por outro lado, para os passo-fundenses que viveram naqueles dias e para seus descendentes, será uma valiosa ocasião de identificar a contribuição de suas famílias com aquela época. Além disso o livro está organizado de uma maneira que, sem prejudicar a fidelidade histórica, narra episódios divertidíssimos, situações inusitadas, enfrentamentos despropositados e fatos dignos do mais acabado folclore. | |||
Particularmente, sinto-me muito à vontade ao fazer esta apresentação, seja por reconhecer nos autores dois valores intelectuais da melhor qualidade, seja por me identificar com muitos fatos abordados no livro. De um lado, como ex-redator de "O Nacional\ apreciei muito o capítulo que narra a fundação de inúmeros jornais naquela época a menção ao Hospital São Vicente de Paulo me obriga lembrar ter ali nascido; a rica narrativa sobre o auge dos cinemas na cidade me remete ao período que presidi, nos idos de 1960, o primeiro Cine Clube de Passo Fundo; a agitação social dos Clubes Caixeiral e Comercial me fazem rememorar as histórias da minha mãe; o detalhado levantamento do movimento teatral me faz encontrar surpreendentemente o nome do meu pai na relação dos atores do Grupo de Teatro X, embora soubesse vagamente desse seu vínculo com o teatro amador, além de inúmeros outros episódios nos quais encontro identificação com pessoas e situações e, o que também é importante, encontro explicações para fatos e situações que repercutiram nas décadas seguintes. E isso, seguramente, deverá acontecer com todos quantos mergulharem nas agradáveis estórias que conformam a história passo-fundense contida nos anos cobertos pelo livro. | |||
Enfim, livros corno esse deveriam merecer a atenção dos Poderes Públicos, das entidades empresariais e outros incentivadores da cultura para que possam se multiplicar. Sua edição está sendo possível graças a abnegação dos autores, da compreensão de alguns colaboradores e da ajuda material efetiva da Associação Cultural Museu do Automobilismo Brasileiro, dirigida pelo empresário Paulo Afonso Trevisan que é o empreendedor do magnífico Museu do Automobilismo que resgata outro segmento importante da nossa história recente. | |||
Por último, resta-me recomendar o livro como um trabalho que prima pelo compromisso com a verdade e com a completa isenção. Não são poucos os livros cujos autores ao tratarem de episódios recentes o fazem sob sua ótica pessoal, o que, diga-se de passagem, não é nenhuma impropriedade. Mas expressam uma tendência diante do fato narrado. Aqui, os autores quiseram e conseguiram se resumir aos fatos pesquisados, transcrevendo-os tais como foram encontrados nas fontes de pesquisa. Por isso, o resultado é um livro de pura e fiel história daqueles dias em que também tivemos nossa belle époque. | |||
== Índice == | == Índice == | ||
* Apresentação 11 | |||
* Algumas Palavras 13 | |||
* Introdução 15 | |||
* Capítulo I - Coisas de Jornais 17 | |||
* Capítulo II - Pelos Cinemas 149 | |||
* Capítulo III - Teatro de Amadores 190 | |||
* Bibliografia 210 | |||
== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == |
Latest revision as of 16:52, 29 January 2022
Páginas da
Belle Époque Passo-fundense | |
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Descrição da obra | |
Autor | Heleno Alberto Damian |
Autor | Marco Antônio Damian |
Título | Páginas da
Belle Époque Passo-fundense |
Assunto | História |
Formato | Digitalizado (formato PDF) |
Editora | Passografic |
Publicação | 2008 |
Páginas | 208 |
ISBN | 978-85-61035-44-0 |
Impresso | Formato 27,5 cm |
Editora | Passografic |
Publicação | 2008 |
Páginas da Belle Époque Passo-fundense Procuramos montar nestas páginas um painel da sociedade passo-fundense nos primeiros decênios do Século XX. Adotamos como modelo o livro A Bela Época do Cinema Brasileiro, de Vicente de Paula Araújo. O projeto foi viabilizado pelo empresário Paulo Afonso Trevisan, que disponibilizou o seu arquivo e garantiu a publicação da obra. Ressaltamos, também, a colaboração do magistrado Luís Christiano Enger Aires, que permitiu pesquisas no arquivo da 1ª Vara Cível da Comarca, bem com o auxílio dos profissionais ligados ao Arquivo e ao Museu Histórico Regional da UPF. Felizmente, a maioria das pessoas contatadas foi receptiva e auxiliou na medida do possível. Algumas já faleceram. A todos a nossa gratidão. A preferência pelo material inédito ou pouco conhecido se estendeu às fotografias. As fontes acompanham os textos. Os capítulos obviamente não esgotam os temas. Nas questões polêmicas buscamos, sempre que possível, apresentar o contraponto. Finalmente, quanto às transcrições, atualizamos em parte a ortografia e mantivemos a pontuação.
Apresentação
Apresentação, por Paulo Roberto Sandri Pires
APRESENTAÇÃO
PÁGINAS DA BELLE ÉPOQUE PASSO-FUNDENSE é um lançamento literário que vem para enriquecer sobremaneira o acervo de publicações dedicadas à garimpagem dos acontecimentos que fizeram a história de Passo Fundo. Os irmãos Heleno e Marco Damian já revelaram gosto e competência pela pesquisa histórica em edições anteriores. Agora, tiveram o aguçado vislumbre de garimpar eventos que marcaram os tempos que denominam de Belle Époque e que cobrem especialmente os anos 20 e 30. Partindo da idéia de que a expressão remete à França do início do século XX quando experimentou novos ares no desenvolvimento cultural artístico e social os autores quiseram estabelecer um paralelo com o que acontecia por aqui nas décadas já posteriores à Primeira Guerra Mundial. A nossa Belle Époque deu-se quando o Rio de Janeiro entrou em efervescência cultural edificou sua Cinelândia, abriu a Avenida Rio Branco e construiu seus primeiros grandes edifícios; Porto Alegre, ao mesmo tempo, com Otávio Rocha e Alberto Bins, adotava ares de metrópole com a implantação da Avenida Borges de Medeiros, do Parque Farroupilha e com a Hidráulica Menino Deus. Pois os mesmos ares chegaram por aqui, mudando a feição da cidade e acarretando nova imagem para a cena cultural artística e mundana da cidade. Passo Fundo experimentava, então, a sua Belle Époque, ampliando ruas, instituindo código de posturas, tratando da saúde pública, implantando hospitais, lançando jornais, projetando políticos e iniciando-se nos esportes. A vida social agitava-se nos clubes, os carnavais viraram acontecimentos, o cinema entrou na moda, a vida cultural obteve destaque no teatro, na literatura e na música e a cidade conheceu suas primeiras misses. Pois é desse momento que o presente livro trata com absoluta fidelidade histórica buscada em ampla bibliografia e farta documentação jornalística documental e fotográfica.
Ao organizarem esta verdadeira crônica do cotidiano recente de Passo Fundo, os autores estão proporcionando uma rara oportunidade das novas gerações tomarem contato com acontecimentos que foram relevantes na formação da cidade e, por outro lado, para os passo-fundenses que viveram naqueles dias e para seus descendentes, será uma valiosa ocasião de identificar a contribuição de suas famílias com aquela época. Além disso o livro está organizado de uma maneira que, sem prejudicar a fidelidade histórica, narra episódios divertidíssimos, situações inusitadas, enfrentamentos despropositados e fatos dignos do mais acabado folclore.
Particularmente, sinto-me muito à vontade ao fazer esta apresentação, seja por reconhecer nos autores dois valores intelectuais da melhor qualidade, seja por me identificar com muitos fatos abordados no livro. De um lado, como ex-redator de "O Nacional\ apreciei muito o capítulo que narra a fundação de inúmeros jornais naquela época a menção ao Hospital São Vicente de Paulo me obriga lembrar ter ali nascido; a rica narrativa sobre o auge dos cinemas na cidade me remete ao período que presidi, nos idos de 1960, o primeiro Cine Clube de Passo Fundo; a agitação social dos Clubes Caixeiral e Comercial me fazem rememorar as histórias da minha mãe; o detalhado levantamento do movimento teatral me faz encontrar surpreendentemente o nome do meu pai na relação dos atores do Grupo de Teatro X, embora soubesse vagamente desse seu vínculo com o teatro amador, além de inúmeros outros episódios nos quais encontro identificação com pessoas e situações e, o que também é importante, encontro explicações para fatos e situações que repercutiram nas décadas seguintes. E isso, seguramente, deverá acontecer com todos quantos mergulharem nas agradáveis estórias que conformam a história passo-fundense contida nos anos cobertos pelo livro.
Enfim, livros corno esse deveriam merecer a atenção dos Poderes Públicos, das entidades empresariais e outros incentivadores da cultura para que possam se multiplicar. Sua edição está sendo possível graças a abnegação dos autores, da compreensão de alguns colaboradores e da ajuda material efetiva da Associação Cultural Museu do Automobilismo Brasileiro, dirigida pelo empresário Paulo Afonso Trevisan que é o empreendedor do magnífico Museu do Automobilismo que resgata outro segmento importante da nossa história recente.
Por último, resta-me recomendar o livro como um trabalho que prima pelo compromisso com a verdade e com a completa isenção. Não são poucos os livros cujos autores ao tratarem de episódios recentes o fazem sob sua ótica pessoal, o que, diga-se de passagem, não é nenhuma impropriedade. Mas expressam uma tendência diante do fato narrado. Aqui, os autores quiseram e conseguiram se resumir aos fatos pesquisados, transcrevendo-os tais como foram encontrados nas fontes de pesquisa. Por isso, o resultado é um livro de pura e fiel história daqueles dias em que também tivemos nossa belle époque.
Índice
- Apresentação 11
- Algumas Palavras 13
- Introdução 15
- Capítulo I - Coisas de Jornais 17
- Capítulo II - Pelos Cinemas 149
- Capítulo III - Teatro de Amadores 190
- Bibliografia 210
Conteúdos relacionados
Referências