Baú de emoções
Baú de emoções | |
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Descrição da obra | |
Autor | Vilma Confortin Scherer |
Título | Baú de emoções |
Assunto | Crônicas |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2018 |
Páginas | 172 |
ISBN | 978-85-8326-354-8 |
Impresso | Formato 15 x 21 cm |
Editora | N I |
Publicação | 2009 |
Baú de emoções “O que um homem sabe aos cinqüenta anos e não sabia aos vinte é, na sua quase totalidade, incomunicável. Todas as observações sobre a vida que podem ser facilmente transmitidas são tão bem conhecidas por um homem atento aos vinte anos, quanto por um homem chegado aos cinqüenta. Aos vinte, ele as recebeu todas, ele as leu, mas não as viveu.
O que temos aos cinqüenta, e não tínhamos aos vinte, não é o conhecimento de fórmulas ou de palavras, e sim o de gente, lugares, ações, um conhecimento que não se adquire por palavras, mas p elo tato, pela vista, pelos sons, com vitórias, fracassos, insônia, devoção e amor – as experiências e emoções humanas desta vida, de si próprio e dos outros; e, talvez também, um pouco de fé e de reverência pelas coisas que não podemos ver”. (Adlai Stevenson)
Apresentação
Apresentação, por Carme Regina Schons[2]
Dentre as condições de valorização da vida, aponta-se a sua qualidade. Viver com qualidade, para o homem contemporâneo, é sagrado. E o fortalecimento dessa vida não se encontra apenas na prorrogação dos anos. É preciso muito mais que isso... É preciso a dignidade de uma vida saudável e feliz.
Esta dignidade é visível na obra de Vilma Confortin Scherer. Baú de Emoções é o mais vivo exemplo da busca efetiva de autonomia e completude, na qual a autora permite mostrar-se a si e aos outros. Em pequenos “trechos” de sua vida, Vilma faz um resgate de si, desloca-os, dando um novo sentido à “trilha” percorrida nos 70 anos de sua existência. Mostra que passou por um caminho, onde nem as experiências sofridas, nem as frustrações conseguiram apagar a pureza de suas lembranças e de seus sentimentos.
Apesar de sua atitude de seriedade frente aos acontecimentos da vida, mostrada na sua escrita, a autora dá ao leitor a possibilidade de vislumbrar uma menina travessa, pura, feliz! Esse é um movimento da alteridade que vem revelar a outra “cara” da moeda e comprovar que a produção intelectual, na terceira idade, não é mais, de modo algum, lugar específico de acomodação, nem de submissão. O testemunho de Vilma, presente nesta obra, se projeta sob vários aspectos da experiência e consagra engajamentos a outras gerações e à memória social, retratando o modo como tem conduzido sua vida diante das tristezas e alegrias.
A escrita despojada de Vilma produz efeitos de sentido de cumplicidade entre narrador e leitor; permite a (re)construção de uma fisionomia querida, de gestos de pessoas e de lembranças... Tece, no fio do discurso, os entrelaçamentos de vidas que deixam seu perfume no ar que respiramos, como se pudéssemos do texto exalar essência de sua vida. Na tessitura de suas palavras, Vilma mostra que o silêncio perturba e que os enganos da vida, às vezes são ilusões do próprio coração. Como explicar e entender essas ilusões? Esta obra, enquanto lugar privilegiado para a elaboração pessoal, constrói um lugar em que o sujeito do discurso pode ocupar para falar de si próprio; mostra também que o silêncio perturba e que vem carregado de som e de significados. E os sentimentos, entendidos como a forma pela qual o sujeito organiza sua simbolização, não passam imunes às transformações do tempo, nem às singularidades de cada época.
Aprendemos com sua escrita que as flores enfeitam, perfumam e nos tornam menos intransigentes, graças à sua essência, à sua simplicidade. A essência da autora está presente em seu olhar curioso, em sua postura de não ficar restrita à vida pessoal. Vilma lança um olhar especial e reflexivo para os detalhes da vida; é generosa para com os que sofrem, para com os filhos da rua, por exemplo, chamando o leitor a prestar atenção para o que há, na sociedade, de preocupante, de triste e a inquietam. Com ela que podemos aprender que nem tudo na aparência é perceptível, visível ao olhar do outro. Enfim, encontramos em Baú de Emoções, fotografias retratadas na escrita e que registram as marcas do nosso tempo, que pode ser qualquer época. (Segue...)
Vilma Confortin Scherer
Natural de Marau/RS. Nascida em 1939.
Professora no Estado de Santa Catarina, já aposentada. Cultiva o hábito da leitura e escrita amadora. Dada aos trabalhos em artesanato, dedica-se à arte do tecido em patchwork, ao crochê, tricot e obras sociais, onde empresta este dom em prol de quem mais necessita.
Hoje, aos 80 anos, lendo e compondo seus próprios escritos, já publicou, BAÚ DE EMOÇÕES, em 2010, e agora, em 2018, publica sua segunda obra, também com crônicas, Tecendo Palavras, Expressando Sentimentos
Índice
O PERTURBADOR SILÊNCIO QUE HÁ (havia) EM MIM 13
O CREATI EM MINHA VIDA 15 O CULTIVO DO CORAÇÃO 17 UMA MULHER TÃO IGUAL E TÃO DIFERENTE 18 MAIS FLORES, MENOS FISSURAS 20 ESTES FILHOS DA RUAS 23 TRISTE ENGANO 24 A CARA QUE OS OUTROS VEEM 26 LEMBRO 28 VIDA - DOM E MISTÉRIO 30 CURVE-SE À NATUREZA 32 VIDA 34 A FELICIDADE 36 SÓ PARA OS FORTES 37 SOLITÁRIOS, O PESCADOR E EU 39 NÃO CABE PAPAI! 40 E SERÁS FELIZ 42 EXEMPLO DE RENOVAÇÃO 44 A MALA 46 VAIDADE DAS VAIDADES 48 AMOR REPRIMIDO 51 CÔMICO, SE NÃO FOSSE TRISTE 53 A LOUSA 56 DOCES BRINCADEIRAS 60 O DOS OUTROS É SEMPRE MELHOR 63 AI, AI, QUE DOR NOS CABELOS! 67 VOLTA ÀS ORIGENS 69 ERA O MEU REINO 73 A VIDA E O RIO 75 A MARAVILHOSA MÁQUINA HUMANA 77 SE POETA EU FOSSE 79 COLABORA AMIGA! 81 RAÍZES 83 RINCAR DE INFÂNCIA 85 NOVOS TEMPOS 87 DIA DE FAXINA 89 DIA DE FAXINA II 91 LAÇOS E PEALOS 93 OLHOS PARA VER 94 NÓS 95 SÃO CINCO HORAS 97 |
MEDO 98
SUS, A VIDA É BELA! 100 COMO VI E SENTI O SARAU 101 UM POUCO DESTE PAÍS 103 GUARDEM NA MENTE E NO CORAÇÃO 105 LEMBREI-ME DE TI, MEU PAI 107 RETALHOS DO PASSADO 109 VIVER PARA SEMPRE 110 PEDRAS NO CAMINHO 113 SE 115 PÁRA DE RECLAMAR 117 EMBALAGENS 119 DECEPCIONANTE IMPRESSÃO 121 QUANTOS PASSOS POSSO DAR? 124 JUNTOS, EU COMIGO 125 SEMPRE JOVEM 127 ESPERANÇA 129 AQUELA NASCENTE 130 ENVELHECER 132 CASINHA BRANCA SEM PORTA E SEM JANELA 133 VOLTAR DISTÂNCIA 134 ACORDAR 136 FELICIDADE 138 BOLO DA AMIZADE 139 NOS LIXÕES TAMBÉM NASCEM FLORES 141 SONHOS 142 ABRA A PORTA 144 MEU NOME É 145 CAMINHO 148 NOSSAS AVÓS FAZIAM 149 AVÓS 151 SOMBRA 153 VENTO 154 PRIMAVERA- ESTAÇÃO DA VIDA 155 OS TONS DA VIDA 157 QUE LEMBRANÇA LEVARIA PARA UM LUGAR DESERTO159 IMPORTA VIVER 161 MINHA FOTO PREFERIDA163 QUEM É VOCÊ PARA VOCÊ MESMO? 165 |
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Referências
- ↑ SCHERER, Vilma C. (2009) Baú de emoções -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2018. 172 páginas. E-book
- ↑ Professora e pesquisadora do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação da Universidade de Passo Fundo. Mestre e Doutora em Teorias do Texto e do Discurso pela UFRGS.